Com o advento do XI° Congresso da JMPLA a realizar-se em Novembro deste ano, começaram os ecos, intrigas e cogitações sobre estratégias políticas e prováveis candidatos à substituição de Crispiniano dos Santos que, segundo opinião de alguns membros da direcção e militantes de base da JMPLA (a todos os níveis), terá levado a organização ao abismo político.
Devemos olhar para JMPLA (viveiro de quadros e dirigentes do MPLA) com imparcialidade política, mas sem descurarmos as qualidades políticas, académico-científicas e relacional dos putativos substitutos de Crispiniano dos Santos, que deverá cessar o seu mandato neste ano.
Na corrida ao máximo cadeirão da JMPLA, há cogitações de várias candidaturas, - candidaturas estas que já começaram a atiçar as intrigas entre apoiantes de uns e outros prováveis candidatos à liderança da organização juvenil do MPLA.
Os Estatutos da JMPLA estabelecem os critérios e requisitos para as candidaturas ao cargo de 1.° Secretário Nacional da JMPLA, logo, não deve haver intrigas e celeumas à volta das prováveis candidaturas. O que se pretende é que sejam eleitos os melhores quadros e dirigentes da JMPLA para o novo Secretariado Executivo deste organismo juvenil e estratégico do MPLA.
Além do que está explicitamente consagrado nos Estatutos da JMPLA, relativamente as candidaturas para assunção de cargos electivos, dever-se-á ter em conta outros aspectos subjacentes à tais candidaturas, - que na verdade política estão implícitas à elas e aos putativos candidatos à sucessão de Crispiniano dos Santos, nomeadamente:
1.Capital político; 2. Capital académico; 3. Capital social; 4. Capital ético-moral. 5.Capital financeiro/económico;
Segundo Platão, "o melhor governo é o da sabedoria, da
razão e da inteligência". Assim, devem ser líderes os quadros com melhor
preparação ou instrução política e académica.
Um bom líder é aquele que tem carisma e eloquência; é aquele
que é congregador, sociável e audacioso. Um bom líder é aquele que é construtor
de pontes entre seus correligionários e oponentes (quer no plano da política
nacional, bem como no plano da política externa).
O bom político não deve viver da política. Deve, sim, viver
para a política; viver para realizar as aspirações da colectividade e viver
para o interesse público.
Um bom líder político é aquele que deve servir a
coletividade, e não aquele que, ao invés de servir a comunidade, serve-se a si
próprio. Portanto, o candidato que financeira e economicamente estiver melhor
que os outros concorrentes, caso seja o vencedor da eleição, pode ter menos
probabilidade de mexer no dinheiro da organização. Ou seja, o risco de uma
gestão danosa será relativamente reduzido.
Para Aristóteles, "a política está ao serviço da moral: as leis devem conduzir a virtude do bom cidadão e, se possível, ainda mais, a virtude (suprema) do homem de bem. O Estado não é, portanto, um fenómeno político ou jurídico: o Estado é, e deve ser, um Estado ético, um fenómeno moral e religioso".
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