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«João Pinto e o primeiro teste»

 Terminada a Taça das Nações de 2024, prova em que alguns angolanos atribuíram à selecção nacional a até agora desconhecida acrobacia de cair de pé, é chegada a vê de a Inspeção Geral da Administração do Estado (IGAE) entrar em campo para apurar destino de dinheiro que o Ministério da Juventude e Desporto garante ter dado, mas a Federação Angolana de Futebol jura não ter recebido.

O jornal O País, fontes do Ministério da Juventude e Desporto garantiram que esse departamento ministerial entregou à FAF 1.600.000.00 dólares para apoiar a participação das Palancas Negras na Taça de África das Nações, competição em que, pela primeira vez, Angola chegou aos quartos de final.

Também ao mesmo jornal, fonte da FAF jurou terem entrado nos cofres da entidade apenas 28% do dinheiro que o Ministério afirma ter entreguem.

Ou seja, a fazer fé na sua fonte, apenas 448.000,00 dólares deram entrada nos cofres da FAF.

Do confronto entre as duas fontes percebe-se que 1.252.000,00 de dólares ou não saiu dos cofres do MINJUD, ou se “perdeu” no trajecto entre uma e outra instituição ou alguém na FAF se auto-abasteceu fartamente.

Nomeado há pouco menos de um mês, o novo IGAE tem pela frente o primoroso “abacaxi” por descascar.

Tratando-se de dinheiro público, João Pinto terá de “congelar” momentaneamente o cunho pedagógico com que pretende exercer o novo desafio porque estará em presença de um presumível crime, merecedor de urgente e severo castigo.

Conhecido “construtor de pontes”, João Pinto está perante um daqueles casos em que se prova que por vezes é necessário contornar a ponte para se chegar o mais rapidamente possível ao destino pretendido.

Da IGAE, os angolanos esperam urgente resposta à pergunta sobre quem embolsou o 1.252.000,00 que o MINJUD diz ter dado e a FAF jura não ter recebido.»

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