João Muanha, 76, conta que deixou cartas no governo provincial de Malanje, na administração do Quela e nos ministérios da Administração do Território e da Cultura, Hotelaria e turismo, mas até agora não obteve qualquer resposta.
Por: Inácio Cândido
Mais de cem antigos filhos e sobriviventes do massacre da
Baixa de Kassange, ocorrido a 4 de Janeiro de 1961, em Malanje continuam a clamar
por reconhecimento das autoridades angolanas. O grupo liderado pelo João Muanha
escreveu ao ministro da cultura, turismo e hotelaria, Filipe Nzau, mas até
agora continua a fazer ouvidos de marcador.
João Muanha, 76 anos, diz que tem havido deturpação das
pessoas e dos historiadores sobre as verdadeiras razões que levaram o massacre
de vários angolanos, nesta região do paÃs. O sobrevivente, revela que não foi
por causa do algodão que ocorreu o massacre, mas os nativos não queriam mais
sujeitar as ordens dos brancos, alegando que pretendiam outro rei após a morte
de Ngola Kiluanje Kia Samba. “Estas
foram as razões que levaram os brancos a retalhar os nativos da Baixa da
Kassange”, conta.


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