Ticker

10/recent/ticker-posts

Europa deve aceitar o progresso da China


A Missão da China na União Europeia (UE) criticou, ontem, um relatório de Bruxelas sobre a relação com Pequim, apelando aos parceiros europeu a encarar o desenvolvimento e o progresso do Estado chinês de uma forma abrangente e objectiva, a respeitar o Direito Internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais.

"Exortamos o Parlamento Europeu a encarar o desenvolvimento e o progresso da China de uma forma abrangente e objectiva, a respeitar o Direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, a deixar de interferir nos assuntos internos da China, a deixar de fazer comentários irresponsáveis e a fazer mais para contribuir para o desenvolvimento das relações China-UE", disse o porta-voz da China em Bruxelas.

O relatório difundido pelo Parlamento Europeu "infringe gravemente" a soberania da China, "interfere nos assuntos internos" chineses e "viola" as normas básicas que regem as relações internacionais e os compromissos políticos da UE, disse um porta-voz da Missão da China em Bruxelas, em comunicado, citado pela plataforma Notícias ao Minuto.

Em causa está um relatório difundido na quarta-feira pelo Parlamento Europeu sobre as relações UE - China. No documento, o Parlamento reconhece o papel da China como parceiro, mas também destacou que Pequim é um concorrente e rival sistémico da União Europeia.

"A China está a reforçar o seu papel e a sua influência sobre as instituições internacionais, com a intenção e os meios económicos, tecnológicos e militares para remodelar a ordem internacional baseada em regras", lê-se no documento.

O Parlamento Europeu recomendou que a UE "reduza riscos no comércio com a China para garantir a autonomia estratégica aberta da Europa". A UE deve, também, fazer mais para limitar o controlo por empresas chinesas sobre infra-estruturas críticas no continente, recomendou.

A missão chinesa acusou o relatório de fazer "observações falsas" sobre a política económica, social e externa da China e difamar a situação dos Direitos Humanos na China "com base em preconceitos e mentiras".

A Missão da China considerou que as referências no documento a questões relacionadas com Taiwan, Xinjiang, Tibete, Hong Kong e Macau "violam gravemente" a soberania da China e constituem uma "interferências nos assuntos internos" do país asiático.

O relatório foi publicado após a realização da 24.ª Cimeira China - UE, na semana passada, em Pequim. O porta-voz salientou ainda que, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, alguns membros afirmaram que a China é um parceiro importante da UE e apelaram a Bruxelas para que reforce o diálogo e faça uma gestão correcta das diferenças.

"Estas vozes objectivas e racionais não devem ser abafadas por ruídos baseados em preconceitos ideológicos e desinformação", concluiu o porta-voz da China em Bruxelas.

 

 

 

Enviar um comentário

0 Comentários